Internet do futuro

Segundo Manuel Castells, a internet é, hoje, a infraestrutura de nossas vidas. Para ele, já vivemos uma "virtualidade real".

Ela transformou a vida de muitas pessoas criando um novo ambiente para o relacionamento social e acesso veloz a informações de todo tipo. Colaborou para aumentar a transparência em vários setores da nossa sociedade, bem como, criou novas maneiras para se fazer negócios.

Esta revolução continuará:

• Teremos 5 bilhões de pessoas conectadas nos anos vindouros ou seja quase 90% da população mundial. Hoje temos em torno de 3 bilhões.

• Em 2021 o tráfego IP mundial total será de 3,3 zettabytes - são 3,3 trilhões de gigabytes de dados. Mais de dois terços desse tráfego serão de vídeos na IPTV  e 22% como o Netflix, segundo Bryce Plank

• As redes ultrarrápidas 5G estarão disponíveis. Você poderá baixar um filme em HD em menos de um segundo.

• A indústria de data center será um dos mercados mais competitivos do mundo. Hoje já temos grandes investimentos em infraestrutura de data centers 5G. Além de investir em medidas de segurança adequadas, empresas grandes e pequenas deverão fazer com que suas instalações funcionem da forma mais eficiente possível e de maneira sustentável no que tange à utilização de energia para funcionamento e resfriamento.

• Investimentos em dispositivos para levar a internet para regiões remotas estão em andamento, complementando a rede de fibras óticas atual que já é gigantesca. Como exemplo podemos citar o projeto Loon composto por balões da Google  e constelações de satélites  em desenvolvimento por várias empresas como Iridium, SpaceX, Oneweb, Boing, etc.

• Teremos 20 bilhões de dispositivos conectados à internet em 2024. Hoje temos 4.9 bilhões de dispositivos conectados. Isto mudará radicalmente indústrias tais como: automotiva, serviços, eletricidade, saúde, lazer, mídias de distribuição, etc. Esta explosão de dispositivos produtores de dados levará a uma revolução na forma como todos esses dados serão armazenados.

• A tecnologia LI-FI para de transmissão de dados continuará em franca evolução. Os estudiosos em IoT  entendem que ela será necessária para colaborar de forma econômica e sustentável na conexão dos 20 bilhões de dispositivos à internet em 2024.

Contrapondo ao bem estar a que se propõe a internet, ameaças também surgirão:

• Haverá um potencial espaço para o incremento do cybercrime através da utilização de dados pessoais para uso indevidos. Marcas comerciais poderão ter a imagem afetada por chantagens.

• A Cyber War que já é uma realidade tende a aumentar e ataques terroristas não estarão descartados.

• Os recentes acontecimentos mundiais sobre espionagem cibernética deixam claro que a captura de praticamente tudo é tecnicamente possível. Portanto, a Internet das Coisas, a comunicação M2M, o Big Data, a Inteligência Artificial, nada disso poderá gerar frutos a menos que possamos forjar novos contratos sociais, uma nova ética, um novo estado de direito que nos faça sentir seguros e nos permita trabalhar, afirma o futurólogo Gerd Leonhard, para quem a conectividade será como o oxigênio, necessário para a vida moderna. Sem estabelecer um quadro de confiança, ninguém vai sobreviver, ressalta ainda.

• As redes tendem a se fragmentar  na opinião do Google, por dois motivos.

• Com a desculpa de combater o terrorismo e os crimes online, e também por questões culturais, alguns países criarão suas próprias regras, isso acabará resultando em internets nacionais, com as características de cada lugar. E o que entra e sai de cada uma delas será monitorado, com direito a censura. Mais ou menos como já acontece em países como Irã e China

• Outra tendência, é a formação de alianças digitais entre países que tem costumes e opiniões semelhantes. Poderá surgir uma internet regional cobrindo vários países do Oriente Médio, por exemplo, com conteúdo e regras determinadas por eles.

Muitas outras tendências acontecerão no momento em que a rede 5G estiver operacional em boa parte do mundo